Um dos doces mais queridos do Brasil nasceu em meio à guerra. A origem do sonho se deu em 1756, quando a Rússia estava para ser invadida. Frederico, o Grande, recrutou, então, todas as pessoas disponíveis para proteger Berlim.
Uma das pessoas foi um ajudante de padeiro. Ele ficou responsável pelas balas dos canhões, mas sem muito talento. O rapaz foi, então, afastado do batalhão e voltou para a padaria, mas com ideias bélicas.
Em vez de colocar as massas fermentadas que criava no forno, resolveu fritar uma das bolas que produziu. O doce na época foi batizado como Berliner, em referência a Berlim.
Logo o doce se espalhou pelo mundo. Em Portugal, é chamado também de Bola de Berlim. Nos Estados Unidos, ganhou um furo no meio e virou o famoso donut. Na Itália, é conhecido como krapfen, no Tirol Meridional, e como bomba ou bombolone no centro e sul do país. Chegando no Brasil, foi carinhosamente apelidado como sonho.
Por aqui, ganhou diferentes recheios. Enquanto a Berliner é, normalmente, recheada com doces vermelhos, o sonho brasileiro tem aquele tradicional recheio de baunilha. Mas, como bom brasileiro, o céu é o limite – são inúmeros os recheios escolhidos. A Bola de Berlim também tem um recheio diferente, o recheio do pasteleiro, colocado pelas laterais.
Chegando ao Brasil
A origem do sonho no Brasil, como é conhecido hoje, foi no início do século XX, em São Paulo. Ele chegou depois do pão doce, na década de 1920. Os padeiros aproveitavam as sobras das massas dos pães para fazer o doce.
Os bolinhos ganharam a forma redondinha e eram fritos. Para complementar a guloseima, eram recheados com um creme feito de leite, gemas, açúcar, farinha de trigo, manteiga e essência de baunilha. Por fim polvilhavam açúcar confeiteiro por cima. E essa é a origem do sonho conhecido atualmente e que está em quase todas as padarias do Brasil todo.
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